segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"O movimento tá parado"


Essa notícia, publicada no site do UOL, me fez lembrar outra, que entrou para o folclore do jornalismo paraense, nos anos 80.

Consta que o chefe de redação , pautou a cobertura da Festa de Nazaré, no meio da semana, quando o movimento não é tão grande quanto no dia do Círio. Ao retornar, o Chefe pergunta como estava o movimento no arraial do Largo de Nazaré, e obteve a singela frase: "O movimento tá parado"!


No caso da notícia do UOL, não vou nem falar da quantidade de NÃO do segundo parágrafo, (indicadores de in-comunicação, não apuração), mas o que me intrigou foi:
Como um avião estacionado , consegue colidir com três outros, que se supõem estacionados, já que estavam no hangar e não no ar! ??!

Alguma lei da Física explica???

domingo, 12 de julho de 2009

Gilmar Mendes é quem tem razão?

Como "aprendiz de jornalismo", estou exercendo a função de editora em uma revista.
Por força deste ofício fui obrigada a ler todos os textos produzidos pelos alunos do último período do curso, para uma revista.

O que vi/li é assustador, se eu fosse o professor e tivesse que atribuir a nota, cerca de 70% da turma estariam reprovados e encaminhados para outra profissão , que não a de redator(a).

Além de cometerem erros gramaticais em nivel maior do que o admissível, NÃO SABEM fazer uma reportagem ( apurar, redigir, revisar, confrontar dados) , NÃO SABEM ESCREVER! Chega a me dar um desespero , quando começo a ler e acho que está muito ruim! será que estou sendo muito exigente?

Tá eu sei que cursar Comunicação Social, não é só saber escrever bem, mas vou te contar estou quase dando razão para o Gilmar Mendes, o Ministro do TSF, relator do parecer de extinção da obrigatoriedade do diploma de jornalista.

Longe de mim, dar lenha para os que apoiam a canetada de Gilmar Mendes. Eu sou a favor do diploma , embora e apesar de , achar que a Escola tem parte de culpa nisso, mas 90% da culpa desse Não SABER FAZER eu reputo ao aluno, que entra no curso enganado, achando que vai sair da fac. pronto para brilhar como artista de TV.

Que não se dedica, não se empenha, que acha que vai aprender com a prática no mercado . Que faz trabalho apenas pela nota e não por ver nisso uma oportunidade de aprendizado. Simplesmente lamentável!

E antes que os new jornalistas sem diploma se alegrem, Lembro que issso não prerrogativa de estudantes de Jornalismo, já li texto de engenheiro agaronomo e de bacharel em Letras, escrevendo enxada com CH"

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Geni e o jornalismo sem diploma


“...Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni.”
(Geni e o Zepelin – Chico Buarque de Holanda)

Em discussões sobre o jornalismo como profissão, costumo dizer que ela é comparável à Geni da canção de Chico Buarque “feita pra apanhar”, Com a decisão ontem (STF derruba obrigatoriedade do diploma de jornalismo) abriu-se a porta do prostíbulo. Na minha opinião, a aprovação do Recurso Extraordinário significa a banalização total da profissão, que há muito padece da “síndrome da Geni”, além de “feita pra apanhar”, “boa de cuspir” , Geni agora , oficialmente, “dá pra qualquer um”: de médicos, advogados a cabeleireiros e modelos, não faltam candidatos a jornalistas, sem diploma e sem qualificação.

Meu avô Mauricio escreveu em jornal sem ter diploma, idem meu tio Quidinho, que antes de virar o Delegas Kid, foi companheiro de redação do Alcy Araújo no jornal A Província do Pará em Belém. Eu era ainda criança quando, baseada em meu gosto pela leitura e nos meus dedos longos e magros, uma tia vaticinou que eu seria jornalista ou pianista.

Há 30 anos, quando passei no vestibular para o curso de Comunicação Social na UFPA, tinha a intenção de fazer cumprir a profecia de minha tia. Mas logo na primeira aula um professor , o arquiteto Paulo Chaves, pintou um cenário tão feio para o exercício da profissão de jornalista, que eu “amarelei” e migrei para a publicidade, iludida que, minhas habilidades para o desenho e uma reconhecida criatividade, fariam de mim uma bem sucedida publicitária.

Formei em publicidade, fiz mestrado em extensão rural, mas em 28 anos de experiência de trabalho (incluindo 2 anos como estagiária) fiz de tudo um pouco: assessoria de imprensa, comunicação interna, editei jornais, organizei eventos (grupo de teatro, festival de música, comemorações institucionais, campanhas), enfim mundo vasto mundo o da comunicação. Não obstante e,ou apesar d-isso, há dois anos voltei aos bancos da escola, para cursar a habilitação em jornalismo e há 8 meses estou cursando uma especialização em jornalismo científico à distância.
Na empresa onde trabalho exerço a função de pesquisadora, mas como atuei por sete anos como assessora de imprensa, fui jornalista provisionada na função de redatora. Depois do mestrado segui firme na área de pesquisa e desenvolvimento rural. Portanto precisar do diploma eu não preciso, mas sou a favor da obrigatoriedade do mesmo para o exercício da profissão de jornalista. Porque isto significa no mínimo o estudo das teorias da comunicação, que muitos incautos julgam dispensáveis.

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sábado, 24 de janeiro de 2009

Essa confissão , não tem perdão

Tenho certeza de que a moça não "confeçou" nada , mas a colunista deu a derrapada.

Clique na foto para ampliá-la:


(publicada numa coluna social do Jornal O Dia, de Macapá-AP, em janeiro 2009)