domingo, 1 de junho de 2014

França: um sonho de viagem

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Prefácio
“Um sonho de viagem” descreve com toques de humor, as descobertas de uma “cabloca amazônica”, quando de sua primeira viagem à França, em junho de 2001. O relato de Vânia Beatriz nos lembra os quatro momentos na psicologia das viagens citado por Alceu Amoroso Lima, no prefácio de seu livro “Europa de hoje”(1951):  a preparação, com sua “auréola de imprevisto”; a realização  , que “é sempre uma decepção”; a volta , “a hora amarga da volta”, com “ a lembrança cruciante das coisas  que queríamos ver e não vimos” e, por último, as evocações :  “Existe a memória. Existem as fotografias  e por vezes as cartas e os artigos“. As crônicas de Vânia são, pois, as evocações de “um sonho realizado”. Nos preparativos foi assessorada por familiares e amigos virtuais de um site na internet. Essa via de comunicação proporcionou o seu reencontro com a amiga Cleide e o encorajamento para a realização da viagem. O imprevisto ficou por conta da falta da carteira de vacinação, razão pela qual foi barrada no embarque no aeroporto de Macapá. Só no dia seguinte decolou para Paris, cruzando a França do Norte ao Sul, às vezes sozinha por outras na companhia de amigos. Quanto aos amigos, estes são importantíssimos, mas é indiscutível que às vezes atrapalham, quando não percebem que ao viajante deve ser facultada a liberdade de fugir, se perder, realizar suas próprias descobertas. A viajante dá testemunho disso, quando confessa se sentir sufocada com cuidados e zelos da amiga, chegando “ao limite de um a indesejável superproteção”. Vânia generosamente compartilha seu prazer de conhecer pessoas e lugares em regiões famosas da França. Encanta-se com  Saint-Jean-de-Luz e enfrenta com diplomacia , as vezes com teimosia, as “manias de tia-velha” de Tetê. Emociona-se em Lourdes, diante da gruta onde a Virgem apareceu a Bernadette Soubirous, em 1858. Irreverente, faz piada, mas, sob chuva torrencial, não deixa de usar o chapéu cafona, presente de sua mãe. Em Lyon , a segunda cidade da França, é acolhida  por Chantal, uma amizade nascida através da internet.
Perto dali, em Meillonnas, produtora de famosas porcelanas, o prazer de conhecer gente é renovado no almoço com a família de Chantal e a belíssima história captada em um álbum de fotografias. E muito andou e muito viu, derrubou mitos e preconceitos, muito teve prazer em conhecer gente, sejam as crianças, filhos e amigos dos amigos ou o desconhecido com quem cantarola “Garota de Ipanema” enquanto aguarda o trem parar. Levou na bagagem a música brasileira, sobre tudo a de Macapá, presenteando os amigos, difundindo no exterior os valores de sua terra natal, confessando seu bairrismo, quando ao assunto é o Amapá, o açaí e a música regional.
Mas o tempo voa e chega a “hora amarga da volta”. A última visita é dedicada a um momento de oração na  Basílica de Sacre-Coeur, donde se tem a vista mais abrangente e bela de Paris.  Fica o lamento por não ter ido a Lille, conhecer  Lindanor Celina a escritora que tanto admira, mas Vânia acredita  que os lugares não visitados fazem parte de um novo sonho: voltar, consciente de que, como diz o mestre Tristão de Ataíde " partir, em vez de morrer um pouco, é rejuvenescer".

Macapá, 15 de janeiro de 2003. Antônio Munhoz Lopes - Professor de Literatura Brasileira, Portuguesa e Latim. Membro da Academia Amapaense de Letras.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"O movimento tá parado"


Essa notícia, publicada no site do UOL, me fez lembrar outra, que entrou para o folclore do jornalismo paraense, nos anos 80.

Consta que o chefe de redação , pautou a cobertura da Festa de Nazaré, no meio da semana, quando o movimento não é tão grande quanto no dia do Círio. Ao retornar, o Chefe pergunta como estava o movimento no arraial do Largo de Nazaré, e obteve a singela frase: "O movimento tá parado"!


No caso da notícia do UOL, não vou nem falar da quantidade de NÃO do segundo parágrafo, (indicadores de in-comunicação, não apuração), mas o que me intrigou foi:
Como um avião estacionado , consegue colidir com três outros, que se supõem estacionados, já que estavam no hangar e não no ar! ??!

Alguma lei da Física explica???

domingo, 12 de julho de 2009

Gilmar Mendes é quem tem razão?

Como "aprendiz de jornalismo", estou exercendo a função de editora em uma revista.
Por força deste ofício fui obrigada a ler todos os textos produzidos pelos alunos do último período do curso, para uma revista.

O que vi/li é assustador, se eu fosse o professor e tivesse que atribuir a nota, cerca de 70% da turma estariam reprovados e encaminhados para outra profissão , que não a de redator(a).

Além de cometerem erros gramaticais em nivel maior do que o admissível, NÃO SABEM fazer uma reportagem ( apurar, redigir, revisar, confrontar dados) , NÃO SABEM ESCREVER! Chega a me dar um desespero , quando começo a ler e acho que está muito ruim! será que estou sendo muito exigente?

Tá eu sei que cursar Comunicação Social, não é só saber escrever bem, mas vou te contar estou quase dando razão para o Gilmar Mendes, o Ministro do TSF, relator do parecer de extinção da obrigatoriedade do diploma de jornalista.

Longe de mim, dar lenha para os que apoiam a canetada de Gilmar Mendes. Eu sou a favor do diploma , embora e apesar de , achar que a Escola tem parte de culpa nisso, mas 90% da culpa desse Não SABER FAZER eu reputo ao aluno, que entra no curso enganado, achando que vai sair da fac. pronto para brilhar como artista de TV.

Que não se dedica, não se empenha, que acha que vai aprender com a prática no mercado . Que faz trabalho apenas pela nota e não por ver nisso uma oportunidade de aprendizado. Simplesmente lamentável!

E antes que os new jornalistas sem diploma se alegrem, Lembro que issso não prerrogativa de estudantes de Jornalismo, já li texto de engenheiro agaronomo e de bacharel em Letras, escrevendo enxada com CH"

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Geni e o jornalismo sem diploma


“...Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni.”
(Geni e o Zepelin – Chico Buarque de Holanda)

Em discussões sobre o jornalismo como profissão, costumo dizer que ela é comparável à Geni da canção de Chico Buarque “feita pra apanhar”, Com a decisão ontem (STF derruba obrigatoriedade do diploma de jornalismo) abriu-se a porta do prostíbulo. Na minha opinião, a aprovação do Recurso Extraordinário significa a banalização total da profissão, que há muito padece da “síndrome da Geni”, além de “feita pra apanhar”, “boa de cuspir” , Geni agora , oficialmente, “dá pra qualquer um”: de médicos, advogados a cabeleireiros e modelos, não faltam candidatos a jornalistas, sem diploma e sem qualificação.

Meu avô Mauricio escreveu em jornal sem ter diploma, idem meu tio Quidinho, que antes de virar o Delegas Kid, foi companheiro de redação do Alcy Araújo no jornal A Província do Pará em Belém. Eu era ainda criança quando, baseada em meu gosto pela leitura e nos meus dedos longos e magros, uma tia vaticinou que eu seria jornalista ou pianista.

Há 30 anos, quando passei no vestibular para o curso de Comunicação Social na UFPA, tinha a intenção de fazer cumprir a profecia de minha tia. Mas logo na primeira aula um professor , o arquiteto Paulo Chaves, pintou um cenário tão feio para o exercício da profissão de jornalista, que eu “amarelei” e migrei para a publicidade, iludida que, minhas habilidades para o desenho e uma reconhecida criatividade, fariam de mim uma bem sucedida publicitária.

Formei em publicidade, fiz mestrado em extensão rural, mas em 28 anos de experiência de trabalho (incluindo 2 anos como estagiária) fiz de tudo um pouco: assessoria de imprensa, comunicação interna, editei jornais, organizei eventos (grupo de teatro, festival de música, comemorações institucionais, campanhas), enfim mundo vasto mundo o da comunicação. Não obstante e,ou apesar d-isso, há dois anos voltei aos bancos da escola, para cursar a habilitação em jornalismo e há 8 meses estou cursando uma especialização em jornalismo científico à distância.
Na empresa onde trabalho exerço a função de pesquisadora, mas como atuei por sete anos como assessora de imprensa, fui jornalista provisionada na função de redatora. Depois do mestrado segui firme na área de pesquisa e desenvolvimento rural. Portanto precisar do diploma eu não preciso, mas sou a favor da obrigatoriedade do mesmo para o exercício da profissão de jornalista. Porque isto significa no mínimo o estudo das teorias da comunicação, que muitos incautos julgam dispensáveis.

UOL - Blog

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sábado, 24 de janeiro de 2009

Essa confissão , não tem perdão

Tenho certeza de que a moça não "confeçou" nada , mas a colunista deu a derrapada.

Clique na foto para ampliá-la:


(publicada numa coluna social do Jornal O Dia, de Macapá-AP, em janeiro 2009)

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

1,2,3, testando

Meninas , vamos manter este blog de critica à mídia local?
é uma forma de aprender e fazer , jornalismo. Topam?